Jan-Ole Gerster, diretor de "Ilhas": "Os personagens do meu filme estão todos tentando escapar de si mesmos."

Entrevista Com este thriller ensolarado misturado ao retrato de um sedutor no fim da linha, o cineasta alemão criou uma pequena maravilha de filme de verão.
Entrevista por Guilherme Loison
Stacy Martin e Sam Riley em “Ilhas”, de Jan-Ole Gerster. AUGENSCHEIN/LEONINE STUDIOS/SCHIWAGO FILM
Jan-Ole Gerster, quarentão relaxado e afável, pede desculpas por estar suado (a temperatura está em 39°C), pede uma Coca-Cola Zero e, em seguida, analisa seu filme com a generosidade de um jovem e o conhecimento de uma velha raposa. Essa mistura de relaxamento e controle está no cerne de "Ilhas", seu terceiro longa-metragem em treze anos, a história de um treinador de tênis neurastênico e festeiro (Sam Riley) que forma um estranho ménage à trois com dois clientes ricos (Stacy Martin e Jack Farthing). Ambientado no calor constante de Fuerteventura, uma ilha nas Ilhas Canárias, o filme, que estreia nos cinemas franceses nesta quarta-feira, 2 de julho, após receber o Grande Prêmio no Festival Internacional de Cinema Policial Polar de Reims, é uma espécie de elo perdido entre "Plein Soleil" (1960), de René Clément, e "Shampoo" (1975), de Hal Ashby, outra crônica de um sedutor casual preso em sua existência frívola.
Você teve a ideia de "Ilhas" enquanto assistia a um treinador de tênis na ilha de Fuerteventura?Jan-Ole Gerster: Certo... Fui para lá trabalhar em um roteiro com um amigo durante um inverno. Sempre acho interessante observar uma microssociedade de pessoas que vivem e trabalham exatamente onde o resto do mundo só passa alguns dias relaxando. Eu estava em um pequeno apartamento com vista para uma quadra de tênis um tanto quanto verdejante...
Artigo reservado para assinantes.
Conecte-seQuer ler mais?
Todos os nossos artigos na íntegra a partir de €1
Ou
Le Nouvel Observateur